Não quero rosas, desde que haja rosas.
Quero-as só quando não as possa haver.
Que hei-de fazer das coisas
Que qualquer mão pode colher?
Não quero a noite senão quando a aurora
A fez em ouro e azul se diluir.
O que a minha alma ignora
É isso que quero possuir.
Para quê?... Se o soubesse, não faria
Versos para dizer que inda o não sei.
Tenho a alma pobre e fria...
Quero-as só quando não as possa haver.
Que hei-de fazer das coisas
Que qualquer mão pode colher?
Não quero a noite senão quando a aurora
A fez em ouro e azul se diluir.
O que a minha alma ignora
É isso que quero possuir.
Para quê?... Se o soubesse, não faria
Versos para dizer que inda o não sei.
Tenho a alma pobre e fria...
Ah, com que esmola a aquecerei?...
Fernando Pessoa
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4 comentários:
Só Fernando Pessoa para entregar rosas desta foram sublime.
Já uma vez te disse que o teu blog, deita-me sempre a net abaixo. Não sei se é da música, da sobrecarga de cores e se mais alguém se queixou ou por outro motivo qualquer. Mas é um facto que fico sempre presa e depois pumba! É muito difícil vir aqui.
Olá!
Eu quero sempre rosas! Posso?
Só Fernando Pessoa para nos relançar no amor!
Bom Fim Semana!
Beijinho,
Renato
Não sabia que Pessoa tinha tão mau feitio! Só quer rosas quando não as há...Vê lá!
beijos menina
Pessoa,sempre ele.
Como ele tem razão.
Que interessa receber uma rosa que se compra na florista da esquina? Mais vale uma papoila que se foi apanhar de propósito, ao campo.
Beijinhos, minha linda
Ps: Embora a net não caia, sempre que aqui venho abre-se uma janela que dia que há um script que vai fazer demorar o blog a abrir e pergunta se quero pará-lo.Eu digo que sim, a janela desaparece e posso comentar.
Acredito que seja uma das coisas que tens na lateral.
Beijokas
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