Já dormia profundamente quando se viu obrigada a despertar do sonho que lhe povoava a mente.
Um gesto brusco fez com que caísse na realidade. Não, não era um toque de veludo como o que sentia enquanto sonhava, era um toque para lá de agressivo, impaciente, urgente até, que a puxava para algo que ela não queria, não desejava.
Será que ele não conseguia perceber? Não está visto que não, o seu egoísmo era mais importante.
Mesmo assim foi...mesmo sem vontade foi, ou melhor deixou que assim fosse...
Foi assim que começou aquele momento, que poderia ser de encanto , mas não foi, mais parecia um ato de vingança , sabe-se lá contra que o quê ou contra quem.
Seria contra ela?. Tinha consciência de que não o merecia , mas suportou, mesmo assim.
Gritou mas em silêncio, não queria que ninguém a ouvisse.
No final não sorriu, também não chorou, talvez já não tivesse lágrimas para o fazer.
Tentou deixar cair de novo as pálpebras pesadas, não conseguiu pelo menos á primeira, a revolta não deixava.
Tudo o que queria era voltar para o seu sonho onde tudo era diferente, macio, suave.
Recordou o conforto dos toques de veludo na pele, o calor dos beijos (con)sentidos, sabia que tinha sido um sonho do qual a despertaram para um pesadelo.
Já passou, pensou, agora só queria voltar a sonhar .
Quem sabe para a proxima consegue dizer NÃO!
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2 comentários:
Ainda há mulheres que vivem assim.
Tomara um dia tenham a coragem de dizer Não.
Beijinhos
È uma enorme verdade, por vezes bem perto de nós e nem sequer desconfiamos...
Não sei como aguentam
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